Trombofilia na Gravidez: Saiba as causas e os riscos

A Trombofilia se caracteriza por alterações – hereditárias ou adquiridas – que fazem o sangue ficar em permanente estado de hipercoagulabilidade. Quando se trata de alteração hereditária, ela está ligada a fatores genéticos. Já a adquirida, tem relação com viagens aéreas prolongadas (pressão), cirurgias, imobilização, utilização de medicamentos a base de estrogênios, terapia de reposição hormonal e também a gravidez.  Com isso aumentam os riscos de trombose, levando ao entupimento de artérias e veias.

Essa alteração pode desencadear complicações a qualquer pessoa. Porém, o risco se torna ainda maior quando afeta diretamente às grávidas. Isso acontece devido ao fato de que as gestantes já se encontram em um estado de hipercoagulabilidade típico da gravidez.

A rapidez no diagnóstico é importante para eficácia do tratamento da alteração. O não cuidado com essa anomalia, em gestantes, pode gerar problemas graves para a mãe e o bebê. Como o sangue fica mais espesso, pode haver entupimento tanto das veias da mãe como obstrução da circulação do sangue que vai para a placenta. Se metade das veias da placenta  entopem, ela começa a se descolar antes da hora – esse é um dos principais riscos para grávida com trombofilia. Nos casos menos agressivos, pode haver obstrução parcial das veias da placenta. Isso reduz o fluxo de sangue e, consequentemente, de nutrientes que chegam ao bebê. Por isso, a trombofilia também está ligada à redução do crescimento fetal. Além disso, quando 90% das veias da placenta ficam obstruídas, o bebê vai a óbito. O risco para a mãe é a embolia pulmonar, que é quando as artérias ou veias do pulmão ficam obstruídas. Além disso, a gestante com trombofilia tem mais risco de desenvolver pré-eclâmpsia.

Quais são os sintomas da trombofilia?

Muitas vezes essa condição é assintomática, mas um dos sinais de alerta é o inchaço repentino. Aquelas gestantes que têm pré-eclâmpsia antes de 34 semanas de gravidez também devem ficar atentas. Outro sinal de alerta é quando a barriga da mãe cresce pouco, já que o bebê não se desenvolve como esperado.

Quais fatores podem agravar o caso?

  • Gestação gemelar
  • Desidratação
  • Uso de drogas
  • Cigarro
  • Excesso de peso
  • Idade avançada da mulher

Pacientes que já tiveram: abortos de repetição; gravidez com hipertensão; restrição de crescimento fetal; descolamento de placenta podem vir a apresentar a anomalia. Porém, o seu médico ginecologista deve estar atento a esse histórico para o diagnóstico correto.

Para se detectar o problema, o médico deve solicitar uma complexa investigação laboratorial, que é feita por meio de uma série de exames de sangue, como:

  • Antitireoperoxidase (anti-TPO)
  • Antitireoglobulina (TgAb)
  • Mutação do Fator V Leiden
  • Mutação Protrombina _Antitromina III
  • Mutação MTHFR
  • Homocisteína
  • Proteína S Livre
  • Proteína C Funcional
  • Anticorpo Anticardiolipina
  • Anticoagulante Lúpico
  • FAN (Fator Anti-Nucleo)
  • Ac Antimicrossomal

Converse com o seu médico para verificar se você possui a alteração genética, ou se pode desenvolvê-la, já que na maioria dos casos a trombofilia é assintomática.

 

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